sexta-feira, 30 de julho de 2010

ao antónio

o bicho acabou por levar-te, antónio. esse cabrão de riso cínico à espera numa qualquer estação de um novo corpo de um novo órgão para se instalar. sabes, antónio, quantas vezes vi esse filho da puta a apagar sorrisos a amputar a esperança de olhares ainda inocentes. mas tu venceste-o durante dois anos, antónio. lembro-me do nuno a chamar-te ao palco e a entregar-te o prémio em lágrimas, esse palco onde sempre deste a vida aos outros. e continuarás a dá-la.

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